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A HISTÓRIA MICRONACIONAL DA ESCORVÂNIA

History Micronational of Escorvania

OS BANU ISHKUR: ORIGEM E PRIMEIROS REGISTROS DO POVO ESCORVANÊS

O termo Escorvânia deriva do dialeto fenício “Askerviin” que quer dizer “Interrogador que Pega”; ou também chamado de Banu Ishkur (em árabe) era uma pequena tribo de origem fenícia e assíria desconhecida pela grande parte dos historiadores e arqueólogos que ocupou a região litorânea do Leste Mar Mediterrânea juntamente aos cananeus. Por volta de 1158 à pequena parcela que ainda restava desta tribo migrou para a Antióquia, antiga região grega no lado oriental do rio Orontes. (atual Hatay). Este território esteve sobre domínio de Boemundo VI, Príncipe de Antióquia, de origem francesa a família de Boemundo ocupava as terras de Antióquia desde a Primeira Cruzada (1096 – 1099) Em 1268 Boemundo VI foi derrotado (1) pelas forças do Sultão mameluco Zahir Rukn al-Din Baibars (2), que libertou a Antióquia do domínio cristão. O então Sultão mameluco Baibars concedeu as terras do extremo sul da antiga Antióquia à Nadab Azad Ben Salmed Al Feres chefe da tribo dos Banu Ishkur. E durante mais de 200 anos essas terras esteve sobre o domínio dos Banu Ishkur e neste período foi criado por eles um pequeno Emirado, chamado de Emirado de Askervani, ou Escorvânia. Depois de muito sangue derramado pelas cruzadas, a região pode por fim ter um período de paz e harmonia. Em 1516 o Sultão Selim I conquistou o Sultanato Mameluco do Egito, derrotando-os primeiro na Batalha de Marj Dabiq em 24 de agosto daquele ano, e depois na Batalha de Ridanieh em 22 de janeiro de 1517. Isso levou à anexação otomana de todo o sultanato, da Síria e Palestina em Sham, a Hejaz e Tihamah na Península Arábica, o próprio Egito, e por consequência o Emirado de Askervani.

1 Cerco de Antioquia (1268) Vitória decisiva dos mamelucos Fim do Principado de Antioquia.

2 Al-Malik al-Zahir Rukn al-Din Baibars al-Bunduqdari (1223- 1277 ) foi o 4º sultão do Sultanato mameluco do Egito

 

O I EMIRADO DE ASKERVANI: ALIANÇA MUÇULMANA

 

Por volta de 1270 após a derrota de Boemundo VI contra os mamelucos egípcios, que após vitória cederam parte do território da antiga Antióquia (Hatay) a tribo habitante Banu Ishkur, os únicos mulçumanos na região o que lhe permitiram o alcance de alianças e privilégios. As terras da antiga Antióquia passaram a ser governada pelo Sheik da tribo Nadab Al Feres, que fundou o Emirado da Escorvânia, no entanto, sete anos depois em 1277, o Sultão mameluco Zahir Rukn al-Din Baibars morre. Do governo de Nadab Al Feres surgiu um Emirado que manteve autonomia por cerca de 246 anos até que Antióquia foi conquistada pelos turcos otomanos. A conquista do Sultão Selim I sobre a região foi encarada com confronto e resistência, no entanto isso resultou em consequências graves aos askervanitas, que como punição foram perseguidos e torturados, e os descendentes do Emir Nadab Al Feres fogem para o Golfo Pérsico, e outros se juntaram as demais tribos árabes do Levante.

 

O II EMIRADO DE ASKERVANI E A RELAÇÃO DE VASSALAGEM

 

Após um período de autonomia que se manteve de 1270 até 1516, os askervanitas se viam frente a um inimigo ameaçador, os turco-otomanos. O sentimento por liberdade e independência renasce entre os Banu Ishkur por volta de 1861 sob a liderança do Fazzar Azad Al Feres, descendente e herdeiro na região do primeiro Emir Nadab Al Feres. Fazzar Azad Al Feres em um ato de coragem fez ressurgir o antigo Emirado de Askervani ao extremo Sul de Antióquia, (Hatay) dominada desde 1516 pelo Império Otomano. O governo do Sultão Abdulazize I seguia a época uma administração de coexistência pacífica, uma forma de conter as sucessivas guerras e conflitos separatistas no império por volta do século XIX, e reconheceu o Emirado de Fazzar Azad Al Feres, o transformando em vassalo do império; onde foi-lhe permitida parcial autonomia para a escolha de seus chefes, com exceção da administração militar e tributária, um acordo que durou até 1920.

 

O MANDADO FRANCÊS E A INDEPENDÊNCIA

 

Em 1920 o império otomano já havia perdido boa parte de suas terras no Oriente Médio, e estava a um passo de sua extinção, que ocorreu de fato em 1922. A região de Hatay, onde se encontrava o antigo Emirado da Escorvânia, ainda vassalo dos otomanos desde 1861, se viu ameaçado não só pela extinção do império, mas principalmente com a Batalha de Maysalun entre o exército do Reino Árabe da Síria, seus vizinhos, com o exército francês no Levante de 24 de julho de 1920. As tropas francesas ocuparam a Síria no final daquele ano, depois que a conferência de San Remo propôs que a Liga das Nações colocasse o país vizinho (Síria) sob mandato francês. Em 1923 o mesmo ocorrera com a Escorvânia no reinado de Mohammed el-Hassan Al-Feres A anexação francesa na região resultou na integração total da Síria e Escorvânia ao Estado de Aleppo criado por volta daquele ano. O mandato francês culminou no retorno de um período de colonialismo europeu na região do médio oriente. No entanto, a intenção principal da França era atuar como administrador até que os habitantes ou seus líderes fossem considerados confiáveis para o autogoverno. Nesse ponto, em relação aos escorvaneses, Mohammed el-Hassan I conquistou o prestígio e confiança dos europeus, que após meses de negociação, foi assinado um acordo de cooperação, onde a França reconheceria o governo de Mohammed el-Hassan I, em contrapartida se reservaria de intentar contra o exército francês na região. No meado do século XX terminou o mandado francês e finalmente três países independentes surgiram no Oriente Médio, Síria, Líbano e Escorvânia.

 

O REINO DA ESCORVÂNIA E O PRIMEIRO KFARADO (1930)

Com a independência em 1930, o antigo Emirado da Escorvânia, fundado em 1270, que resistiu ao tempo, passando por diversos suseranos, finalmente foi elevado a Reino, Fazzar II Azad Al Feres, filho de Mohammed el-Hassan AlFeres, foi proclamado Kfah, título equivalente a rei ou soberano, dando início ao primeiro reinado (Kfarado) definitivamente independente da Escorvânia.

 

O SEGUNDO KFARADO (2015)

Em 15 de fevereiro de 2015, morre o Fazzar II Azad Al Feres, no entanto com o falecimento prematuro de seu filho varão, Príncipe Ibrahim Al-Feres, assume o Kfarado seu neto, o jovem Príncipe Samir Rouhani ibn Ibrahim AlFeres, que sob o nome real Kfah Rouhani III. Durante seu reinado a Escorvânia pode se tornar mais conhecida ante ao cenário internacional. Grandes tratados e acordos foram estabelecidos e muitas alianças consolidadas. O Kfah era um profundo amante da cultura nacional, e um grande incentivador do nacionalismo, uma caracterísca que deu ao Estado Escorvanês durante seu reinado. Kfah Rouhani III criou o Conselho Real, um primeiro órgão de Estado cuja finalidade era concentrar a representatividade nacional sob a gerencia do Kfah, que representava a moral cívica e a tradição do povo, bem como a palavra de ordem. Foi criado o primeiro jornal local para atender aos cidadãos. No setor militar a Escorvânia contava com um sistema de controle de dados bastante avançado, capaz de obter informações precisas de estrangeiros que visitavam o país. Rouhani III investiu nas relações internacionais, preparando o caminho para a entrada na Liga das Micronações, principal órgão internacional da época, um sonho distante, mas que viria a se concretizar no futuro. Neste período houve também um conflito de terras privadas que desencadeou um conflito internacional com o Reino de Pathros. De temperamento irredutível, o Kfah Rouhani III se opôs as reclamações do reino grego. Futuramente foi assinado um tradado, que assentou a paz entre os países, e legitimou a posse do Kfarado sobre as terras privadas então reclamadas. Em 12 de Junho de 2015, se instala uma forte crise política e militar no país, Rouhani III é forçado a deixar o governo, que de fato ocorreu em 15 de Junho daquele ano, quando abdicou o trono. Apesar do segundo Kfarado ter durado apenas cerca de seis meses, a foi um período considerado crucial para a estabilidade e grandes conquistas do que se viria no futuro. O monarca pelo bem geral da Nação Escorvanesa, conferiu a Chefia do Kfarado escorvanês a uma nova liderança, sobre autoridade de um novo Kfah. Começava então, uma nova etapa da história escorvanesa.

 

TERCEIRO KFARADO: O ESTADO NOVO (2015)

 

Em 15 de Junho de 2015 o Kfah Rouhani III abdicou o trono da Escorvânia, passando os direitos de sucessão a seu primo, Príncipe Abbas Hamurabi Al Feres, cujo residia nos Emirados Árabes Unidos (micro), príncipe era neto do Kfah Youssef Al-Feres, e segundo na linha de sucessão. Sendo o terceiro Kfarado escorvanês, foi considerado a Era das Conquistas, sendo um marco histórico para o povo escorvanês. O Kfah Abbas I foi responsável por expandir as fronteiras da Escorvânia por todo o Oriente Médio (micro), em seu reinado o número de cidadãos e imigrantes aumentou consideravelmente. A Escorvânia deixou de ser uma monarquia absolutista para tornar-se uma monarquia parlamentarista, foi criada a Assembleia Nacional que consolidou a democracia plena no País. No exterior, Escorvânia fez diversas alianças, travou intensos conflitos por sua soberania, mas saiu vitoriosa. Foi no reinado de Abbas I que a Escorvânia concretizou o sonho do primeiro Kfah Rouhani III, e entrou para a Liga das Micronações, principal órgão internacional da época. Abbas I dotado de uma longa história e experiência governa a Escorvânia até hoje com “mão de ferro”. É conhecido por seu senso de justiça, carisma e criatividade.

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